domingo, 24 de julho de 2011

A Vaidade

  • Apresentação pessoal exuberante ( no vestir, nos adornos usados,nos gestos afetados, no falai demasiado ),
  • Evidências de qualidades intelectuais,não poupando referências à propria pessoa, ou a algo que realiza,
  • Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais,
  • Intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não evitando a eles referências desairosas,
  • Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa,
  • Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante de infortúnios por que passa,
  • Obstrução mental na capacidade de se auto-analisar,não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar.
A vaidade,via de regra está presente dentro de nós.Dela o espírito sem luz se serve para abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares.É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito.De alguma forma, e variada intensidade,contamos todos com uma parcela de vaidade,que pode estar se manifestando nas nossas motivações de algo a realizar, o que é certamente válido, até certo ponto.O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque social e pessoal,característicos da vaidade.

A vaidade, nas suas formas de apresentação:
  1. Quer pela postura física,
  2. Gestos estudados,
  3. Retórica ao falar,
  4. Atitudes intempestivas
  5. Reações Arrogantes.
Geralmente refletem uma deformação do individuo frente aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu, Isto é:
  • A aparência
  • Os gestos
  • O palavreado
Quanto mais artificiais e exuberantes,mais chamam a atenção, e isso agrada o intéprete, satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado,comentado e "badalado".No intimo o protagonista reflete, naquela aparência toda,  grande insegurança e acentuada carência de afeto que nele residem,oriundas de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência.Fixações de imagens que,quando criança,identificou em algumas pessoas aparentemente felizes, bem sucedidas,comentadas,admiradas,cujos gestos e maneiras da apresentações foram tomados como modelo a seguir.

O vaidoso o é muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu.No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como.

O mais prejudicial nisso tudo é que as fixações mentais nos personagens selecionados podem estabelecer e conduzir a enormes bloqueios do sentimento, levando as criaturas a assumirem caráter endurecido, insensível,de atitudes frias e grosseiras.O aprendiz terá aí um campo para reflexão enorme, e de análise tranquila,para aprofundar-se até as raízes que geraram aquelas deformações,ao mesmo tempo que precisa identificar suas caracteristicas autênticas, o seu verdadeiro modo de ser, para então despir a roupagem teatral que utilizava e colocar-se de modo maduro, assumindo todo o seu íntimo, com disposição para melhorar sempre.

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