terça-feira, 30 de setembro de 2014

O LIVRO

Se existece uma especie de telefone que pudéssemos discar um numero e falaríamos direto com Deus, como seria bom, faríamos as perguntas que  mais necessitamos de respostas.....não teríamos duvidas ,dormiríamos tranquilos,faríamos as escolhas certas,sem errarmos,sem punirmos sem sofrermos.

E disto que estou precisando neste momento na minha vida.Respostas, pois as perguntas eu já tenho e são muitas!

Sabe poderia ser um livro, que dizem que ele ate existe; Este livro teria todas as respostas para todas as nossas perguntas,ele teria o nosso nome na capa e toda a nossa vida estaria la, cada capitulo,cada ano, cada passagem,todas as nossas realizações,tudo ali registrado  para    sempre.


De capa dura, aberto ou fechado, fino ou grosso, grande ou pequeno, escrito ou em branco,limpo ou sujo, rabiscado, com letras grandes ou pequenas, com referencias,com prefácios,com inicio, meio e fim, com conteúdo, ou sem.

Nao saber o que fazer > LIVRO
Nao saber a quem recorrer> LIVRO
Nao sabe qual direção seguir> LIVRO

Ninguem iria te julgar, te questionar,te cobrar.

Saberíamos quem,onde e quando encontraríamos o que procuramos,

E numa determinada pagina deste livro estaria escrito aquele nome com os dizeres eis aqui o nome de seu grande amor da sua vida.


domingo, 28 de setembro de 2014

O grande encontro

Agradeço aos Antepassados, aos meus pais e construa um nobre caráter, com certeza ira construir também um grande casamento.

Onde quer que o meu grande Amor esteja, que ele receba esta mensagem :

Do amor que me preencho, a grande Vida, pela lei do semelhante, atrai ate mim o grande amor de que sou merecedor. Aceito, Pai Eterno, seu presente divino em forma do meu ser amado. Emito agora, para você, onde quer que esteja, o Amor que Deus faz habitar em meu coração. Nosso encontro  inevitável, porque nos amamos em Deus, com o Amor de Deus, tal como vivemos a Vida de Deus.

Tudo esta concretizado no Amor de Deus, portanto nosso amor também se concretizou neste momento.

 Oh!, como sou grato a Deus, por me mostrar esta Verdade, meu amor, finalmente nos tornamos um só.

Entrego-me para as descobertas que farei ao seu lado. Muito obrigado por você existir. 

Meu amor, receba agora e eternamente, minha vida como benção. Sinto-me um ser abençoado por você existir. 

Amo-te com toda minha forca, com toda minha vida, agora e eternamente. Muito Obrigado Meu Amor.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Voce e assim um sonho pra mim

Nao tem sido fácil, esta menina esta me deixaNdo louco, ela e linda, morena, possui um rosto lindo, desenhado, com olhos verdes, penetrantes, um corpo escultural e uma boca do tamanho de um prato.

Ela entrou com tudo na minha vida, sem pedir licença, como ela diz quando eu quero algo eu vou atras, ela tem personalidade, tem varias virtudes, sincera, espontânea,alegre,frágil,delicada, e otimista.Fica linda dormindo.Adora dormir.

Contudo ela esconde um lado obscuro,tenebroso, negro que a acompanha por anos e que a faz uma pessoa frágil, volúvel, insegura e sem domínio do seus atos, chega a ser leviana.

Ela tem uma personalidade forte,estranha,confusa. Mas tem personalidade.
Seu caráter  ainda não se formou  esta em desenvolvimento, pois algumas de suas acoes e  atitudes são totalmente infantis e impensadas.Ela menti.

Ela e intensa no presente embora o passado sempre a assombre.

A falta de seu pai a faz uma pessoa infeliz.Gosta de ser bem tratada, porem e muito facil dela muntar em cima se nao vigiarmos.

E namoradeira, confunde os nomes...

E encrenca, e esta me deixando louco de amor por esta menina mulher que tem me feito feliz como a muitos anos.

Estou preparado para tudo, que a luz esteja neste relacionamento e que sejamos felizes se assim for a vontade do GADU.

E que assim seja.




sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Caminho Óctuplo do Budismo

O Nobre Caminho Óctuplo

O sofri­men­to (ou insa­tis­fa­ção) ine­ren­te à vida é a pri­mei­ra Nobre Verdade do budis­mo. A forma de aca­bar com o sofri­men­to é a quar­ta Nobre Verdade. Foi para aju­dar os seres sen­cien­tes a acabar com o seu sofri­men­to que o Buda Shakyamuni ensi­nou o Nobre Caminho Óctu­plo. Ele cons­ti­tui a versão detalhada da quar­ta Nobre Verdade e é fun­da­men­tal à práti­ca budis­ta. Diz-se “óctu­plo” por­que é for­ma­do por oito ele­men­tos ou face­tas; “nobre”, por ser moral­men­te cor­re­to e por­que nada nele nos desen­ca­mi­nha­ria; “cami­nho” porque deve ser segui­do duran­te um perío­do, da mesma forma que uma tri­lha, e por­que leva dire­ta­men­te à meta da liber­ta­ção do sofri­men­to e da ilu­são.

Fatores do Nobre Caminho Óctuplo
Seguir o Nobre Caminho Óctu­plo é o ­melhor e mais fun­da­men­tal modo de praticar nossa cren­ça nos ensi­na­men­tos do Buda. Trata-se de ­seguir seus oito fatores ou aspectos:
  1. Compreensão Correta (Samyag-drsti);       
  2. Pensamento Correto(Samyak-samkalpa);
  3. Fala Correta (Samyag-vac);        
  4. Ação Correta (Samyak-karmanta);
  5. Meio de Vida Correto (Samyag-ajiva);      
  6. Esforço Correto (Samyak-vyayama);
  7. Atenção Correta (Samyak-smrti);      
  8. Concentração Correta (Samyak-samadhi).

Idealmente, todos deve­riam ser pra­ti­ca­dos simul­ta­nea­men­te. Cada um des­ses fatores será dis­cu­ti­do em maior deta­lhe nas ­seções que se seguem.

Compreensão Correta 
É extre­ma­men­te impor­tan­te ter a Compreensão Correta, por­que dela flui dire­ta­men­te tudo o mais no budis­mo. No come­ço, não pode­mos espe­rar que nossa compreensão este­ja em per­fei­ta harmonia com o Darma. Se fosse assim, já não tería­mos nada a apren­der. Daí que um aspec­to fun­da­men­tal da Compreensão Correta é a von­ta­de de empreen­der um autoquestionamento, sobre­tu­do no que diz respeito ao nosso com­por­ta­men­to. A maio­ria das pes­soas gasta um tempo enor­me ten­tan­do jus­ti­fi­car o que fez ou quer fazer. Como budistas, deve­mos come­çar a rever­ter tal pro­ces­so e, em vez de jus­ti­fi­car nossas trans­gres­sões, ten­tar des­co­brir o que elas são e apren­der como transfor­má-las.
Sutra Shrimala-devi-simhanada (Sutra Rugir de Leão da Rainha Shrimala) diz que Compreensão Correta é aque­la que não leva à nossa ruína. De acor­do com o Sutra Avatamsaka (Sutra da Guirlanda de Flores), Compreensão Correta é a que nos tira da ilu­são. Para o Tra­ta­do sobre a Perfeição da Grande Sabedoria, Compreensão Correta é a pró­pria sa­be­do­ria. O Portais Gradativos para o Mundo do Darma ensi­na que Compreensão Correta é a clara e per­fei­ta per­cep­ção das Quatro Nobres Verdades.
A pala­vra “compreensão” deno­ta, aqui, nossa forma de ver e enten­der a vida, o que estabe­le­ce nossa filo­so­fia de vida. Compreensão Correta, basicamen­te, é sin­to­nia com o Darma. Para tê-la, é essen­cial com­preen­der clara­men­te a Gênese Condicionada, o prin­cí­pio de Causa e Efei­to, o Carma, as Quatro Nobres Verdades e a dife­ren­ça entre o bem e o mal.
Além da ideia clara a res­pei­to dos con­cei­tos bási­cos do budis­mo, outro ele­men­to importan­te da Compreensão Correta é um enten­di­men­to pro­fun­do das ver­da­des do budis­mo. O Darma é ver­da­dei­ro. A ilu­mi­na­ção do Buda é real. O Darma adap­ta-se às con­di­ções de onde esti­ver, mas, em essên­cia, nunca muda, por­que sem­pre apon­ta para a mente búdi­ca ilu­mi­na­da.
O momen­to do pri­mei­ro vis­lum­bre da ver­da­de do Darma é aque­le em que se vislum­bra o Buda – e é aí que come­ça a se esta­be­le­cer a Compreensão Correta. Dito de outra forma, Compreensão Correta é a mente búdi­ca des­per­ta que come­ça a atuar em nós.

Nas pro­fun­de­zas da mente, apoie-se na pure­za do Darma. Em pouco tempo, seus fru­tos supre­mos serão alcan­ça­dos.
 Sutra do Grande Nirvana

Pensamento Correto
Obviamente, o Pensamento Correto fun­da­men­ta-se na Compreensão Correta. Se nossa compreensão da vida neste mundo esti­ver cor­re­ta, os pensa­men­tos dela decor­ren­tes tam­bém o serão.
Sem dúvida, na prá­ti­ca do pensamento correto, deve exis­tir uma interação cons­tan­te entre a intenção (pensamento) e a com­preen­são. Não basta que­rer ter Compreensão Correta ou Pensamento Correto. Até o pró­prio Buda pre­ci­sou de seis anos de inten­sa prá­ti­ca ascé­ti­ca para che­gar ao pleno enten­di­men­to da ver­da­de.
O ali­cer­ce essen­cial para o Pensamento Correto, assim como para a Compreensão Correta, é a von­ta­de de ques­tio­nar a nós pró­prios e às nos­sas cren­ças. Ninguém con­se­gui­rá conquis­tar Compreensão Correta nem Pensamento Correto sem pas­sar lon­gos perío­dos em intensa e fran­ca introspec­ção. O Shastra Yogachara-bhumi (Tratado sobre os Estágios da Prática da Ioga) diz: “Quando se inves­te ener­gia na Compreensão Correta, alcan­ça-se um esta­do livre do mal e da raiva, que é o Pensamento Correto”.
Pensamento Correto é aque­le desas­so­cia­do dos Três Venenos – cobi­ça, raiva e ignorância. Pode ser visto como a fer­ra­men­ta que nos ajuda a apli­car a Compreensão Correta à nossa vida. Podemos ler a res­pei­to da Compreensão Correta e até enten­der o que lemos; entretanto, saber o que é Compreensão Correta não tem gran­de uti­li­da­de. É o Pensamento Correto que nos ajuda a apli­car essa compreensão à nossa vida.
A Compreensão Correta ­baseia-se em um vis­lum­bre da mente búdi­ca. O Pensamento Correto tem por fun­da­men­to lem­brar aque­le vis­lum­bre e concentrar toda a nossa força para nos aproxi­mar dela cada vez mais.

Como puri­fi­car as ten­dên­cias da mente? Através da intros­pec­ção pro­fun­da, contem­ple o fato de que a fonte de todo bem e de todo mal nada mais é que a pró­pria mente. Um sim­ples pen­sa­men­to mal­do­so pode produzir uma por­ção de con­se­quên­cias noci­vas, ao passo que um sim­ples pen­sa­men­to bom pode gerar uma abun­dân­cia de coi­sas boas.
Mestre Yongjia Xuanjue (665-713)

Fala Correta
A Fala Correta evita que crie­mos carma negativo pela palavra. A maio­ria das pessoas cria gran­de parte de seu carma nega­ti­vo por meio de pala­vras des­tem­pe­ra­das. Não deve­mos ter medo de falar a ver­da­de, mas a forma como dize­mos as coi­sas e o momen­to que escolhe­mos para isso são muito importantes. Uma ver­da­de dita na hora erra­da – corri­gir alguém na fren­te de outras pes­soas, por exem­plo – pode cau­sar imenso sofrimen­to. Se mesmo uma ver­da­de pode cau­sar danos, ima­gi­ne o tama­nho dos pre­juí­zos que são gerados com men­ti­ras, aspe­re­za e mexe­ri­cos!
Em sua defi­ni­ção mais ele­men­tar, Fala Correta equi­va­le a não men­tir, não ter duas caras (não ser fin­gi­do), não ser rude e não ser sar­cás­ti­co (não caçoar). Além des­sas características, Fala Correta é tam­bém aque­la que não é irri­tan­te, difa­ma­tó­ria, orgu­lho­sa ou arro­gan­te, insul­tuo­sa ou crí­ti­ca, amar­ga ou cáus­ti­ca, injus­ti­fi­ca­da­men­te extra­va­gan­te ou pom­po­sa. Seria bom que todos os budis­tas estu­das­sem essa lista com muita aten­ção.
Cabe repe­tir: gran­de parte do carma nega­ti­vo é cria­da por meio da fala. Examine sua vida e veja se isso não é ver­da­de.
Há qua­tro dire­tri­zes que pode­mos e deve­mos ­seguir no que diz res­pei­to à fala:
  • Só falar a ver­da­de;
  • Ser com­pas­si­vo ao falar. Se acre­di­tar que suas pala­vras pode­rão ferir os sentimentos de alguém, cale-se sim­ples­men­te. Use a voz para trazer gen­ti­le­za e bon­da­de ao mundo;
  • Ser enco­ra­ja­dor. Às vezes, uma sim­ples pala­vra pode tra­zer paz e alegria a alguém. Caso tenha a opor­tu­ni­da­de de ani­mar ­alguém, não se con­te­nha – suas pala­vras tal­vez sejam jus­ta­men­te o que ele está pre­ci­san­do ouvir;
  • Ser pres­ta­ti­vo. Utilize as pala­vras para aju­dar o pró­xi­mo. As pala­vras podem ser úteis de ­várias for­mas – para expli­car e ensi­nar, para incenti­var os ­outros a con­ver­sar conos­co sobre algum assun­to. Este últi­mo ponto é bas­tan­te importante, uma vez que a melhor forma de apren­der o Darma é por meio do diálogo e da argumentação.
Para a fala, assim como para tudo o mais, o ­melhor exem­plo é sem­pre o Buda. Lembre-se: o Buda era conhe­ci­do como “aque­le das pala­vras verdadeiras, aque­le que não muda suas pala­vras, aque­le que não mente”. O Darma ensi­na­do pelo Buda é o ­melhor exem­plo de Fala Correta no mundo.

Os que são sábios praticam a fala correta, a fala suave, a fala harmoniosa e a fala verdadeira. Isso porque o uso da fala correta nos livra da frivolidade, o da fala suave nos livra da rispidez, o da fala harmoniosa nos livra da duplicidade e o uso da fala verdadeira nos livra da mentira.
Mestre Yongjia Xuanjue (665-713)

Ação Correta
Pensamento Correto diz res­pei­to ao fun­cio­na­men­to da mente. Fala Correta refere-se à utili­za­ção da lin­gua­gem. Ação Correta abran­ge tudo o que faze­mos com o corpo, incluindo bons hábi­tos de ali­men­ta­ção e sono, exer­cí­cio e repou­so ade­qua­dos, hábi­tos de tra­ba­lho e tudo o mais que se rela­cio­na ao corpo e ao carma gera­do pelo seu comportamen­to.
Ação Correta é ­seguir os Cinco Preceitos do budis­mo. Implica uti­li­zar o corpo para executar e expres­sar as con­clu­sões cor­re­tas tira­das por meio do Pensamento Correto e da Compreensão Correta.

Concentre total­men­te a mente no Buda. Realize o poten­cial da natu­re­za humana. Quando a natureza humana for realizada em todo o seu potencial, a budeidade será atingida.
Mestre Taixu (1889-1947)

Meio de Vida Correto
Meio de Vida Correto, ou Profissão Correta, diz res­pei­to à forma como ganha­mos a vida. Isso pode ser problemático em meio às com­ple­xi­da­des do mundo moder­no. Meio de Vida Correto impli­ca não fazer e não levar nin­guém a fazer nada que viole os pre­cei­tos do budis­mo. De acor­do com o Shastra Yogachara-bhumi (Tratado sobre os Estágios da Prática da Ioga):“Meio de Vida Correto sig­ni­fi­ca que, para aten­der às necessi­da­des de vestuário, alimenta­ção e ­outros itens, não se fará nada que viole a mora­li­da­de”.
Todo tra­ba­lho deve estar na maior sin­to­nia pos­sí­vel com os ensinamentos do Buda. Nossa ocu­pa­ção não deve pre­ju­di­car nin­guém, nem tam­pou­co incen­ti­var que outra pes­soa o faça. O Buda Shakyamuni viveu em uma socie­da­de muito dife­ren­te da nossa. A des­pei­to disso, ele rela­cio­nou duas espe­ci­fi­ci­da­des rela­ti­vas ao tra­ba­lho que ainda são váli­das para os budis­tas de hoje:
  • Não ter casas de jogos, bares, bor­déis ou mata­dou­ros.
  • Não caçar, pes­car ou exer­cer pro­fis­são que envol­va matan­ça de animais.

O tra­ba­lho que faze­mos neste mundo ­produz mui­tas sementes cármicas. O budis­mo é conheci­do como Caminho do Meio por­que o Buda sem­pre ensinou seus segui­do­res a evitar extremos em tudo – equi­lí­brio e dis­cer­ni­men­to são aspec­tos fun­da­men­tais da sabe­do­ria. Assim, ao ana­li­sar nossa ocu­pa­ção e com­pa­rar o que faze­mos com as ver­da­des do Darma, é pre­ci­so nos cer­ti­fi­car de que não esta­mos sendo radi­cais em nos­sas interpreta­ções.
Porém, se com esta análise con­cluir­mos que nossa ati­vi­da­de con­tra­ria os ensi­na­men­tos do Buda, será neces­sá­rio mudar a forma como tra­ba­lha­mos ou até mudar de ocu­pa­ção. Esse tipo de mudan­ça não deve ser empreen­di­do pre­ci­pi­ta­da­men­te. Devem-se levar em consideração os membros de nossa família, patrões, empregados e todas as pes­soas que pos­sam ser afe­ta­das por nos­sas deci­sões.

Esforço Correto
Depois de ter colo­ca­do a vida em ordem, ou seja, quan­do tiver­mos Compreensão Correta, Pensamento Correto, Fala Correta e Meio de Vida Correto, natu­ral­men­te pas­sa­re­mos a fazer o Esforço Correto.
Esforço supõe mudar para ­melhor, tor­nar-se mais sábio, calmo e moralmen­te corre­to. Com Esforço Correto, enten­de­mos ­melhor o Darma a cada dia que passa e aprende­mos a apli­cá-lo mais e mais em nossa vida.
Na prá­ti­ca do budis­mo, como em tudo, man­ter a regu­la­ri­da­de é importan­te. Se nos tornarmos pre­gui­ço­sos ou desa­ten­tos, come­ça­re­mos a regre­dir. O Darma con­tém tesou­ros pro­fun­dos, sendo impos­sí­vel son­dar sua dimen­sãoem pouco tempo. Devemosnos engajar nos ensi­na­men­tos do Buda e, de forma regu­lar e gra­dual, apren­der a valo­ri­zar a vas­ti­dão do Darma e a sabe­do­ria do Buda. Nossa sabe­do­ria se ­ampliará enquan­to permanecermos pró­xi­mos do Darma, per­mi­tin­do que este indi­que como deve­mos nos comportar.
Tratado sobre a Perfeição da Grande Sabedoria suge­re qua­tro for­mas de esforço correto:

  • mani­fes­tan­do a bon­da­de onde ela não exis­te;
  • fomen­tan­do a bon­da­de onde ela exis­te;
  • não mani­fes­tan­do o mal onde este não exis­te;
  • extin­guin­do o mal onde este exis­te.

Quem con­si­de­ra pro­ble­má­ti­co ­demais pra­ti­car os ensi­na­men­tos do Buda provavel­men­te não compreen­deu que os pro­ble­mas cau­sa­dos pela pre­gui­ça são muito pio­res. A prá­ti­ca des­ses ensinamen­tos, ape­sar de requerer esfor­ço, não é algo que dure para sem­pre. Chega o dia em que o êxito é alcan­ça­do, o que resul­ta em imen­sa ale­gria. Por outro lado, a pre­gui­ça, e a falha em praticar esses ensinamentos, acabam por rou­bar toda a nossa paz, levan­do-nos a ­sofrer ao longo de mui­tas vidas.
Mestre Xing’an (1686-1734)

Atenção Correta
Atenção Correta sig­ni­fi­ca encontrar den­tro de si a pure­za ine­ren­te à mente búdi­ca e nela per­ma­ne­cer, não permitindo que essa pure­za seja obscure­ci­da pelos vene­nos da cobi­ça, da raiva e da ignorân­cia.
A Atenção Correta advém dos seis pri­mei­ros aspec­tos do Nobre Caminho Óctuplo. Ela é uma parte pura nossa, que se expan­de con­ti­nua­men­te à medi­da que praticamos o Darma. O Sutra dos Ensinamentos Legados pelo Buda diz: “Se nossa Atenção Correta for firme, pode­re­mos até pene­trar no perigo­so mundo dos Cinco Desejos sem que ­nenhum mal se abata sobre nós. É como usar uma arma­du­ra numa bata­lha – não há nada a temer”.
Os budis­tas devem sem­pre privilegiar a Atenção Correta em detri­men­to do raciocí­nio iludi­do. Se a nossa Atenção é correta não sere­mos aba­la­dos pelas fal­sas distin­ções da dua­li­da­de. Não caire­mos na ilu­são das opo­si­ções nós/outros, perda/ganho, vida/morte. A Atenção Correta nos ensi­na a manter a cons­ciên­cia de que as coi­sas são como devem ser e que tudo o que pode­mos fazer é tra­zer um pouco mais de bondade a este mundo.
O Buda ensi­nou qua­tro con­tem­pla­ções para nos aju­dar a con­quis­tar e man­ter a Atenção Correta – um esta­do em que não há apego a ­nenhum dos inces­san­tes capri­chos da ilu­são. As con­tem­pla­ções apre­sen­ta­das a ­seguir desti­nam-se a nos auxi­liar no esfor­ço de nos liber­tar da fas­ci­na­ção pelo mundo da ilu­são. Depois de eli­mi­na­do esse fas­cí­nio, começare­mos a per­ce­ber a pureza e a bele­za que repou­sam no âmago da Atenção Correta. As contemplações da Atenção Correta são mostradas a seguir:

Contemplação da impu­re­za. Uma das cau­sas mais fun­da­men­tais do apego das pessoas à ilu­são é o gran­de amor que ­nutrem pelo corpo. Uma quan­ti­da­de enor­me de cobiça e raiva surge do amor ao corpo. O corpo deve ser cui­da­do e não deve ser mal­tra­ta­do; porém, não pode­mos con­des­cen­der com ele. Todos devem se conscien­ti­zar ple­na­men­te de que o corpo vai um dia adoe­cer e morrer.
Mesmo sau­dá­vel, o corpo é reple­to de excre­ções, ali­men­to semi­di­ge­ri­do, muco, linfa, san­gue, urina e mui­tas ­outras subs­tân­cias que são, essencialmente, impu­ras. O Buda ensinou a con­tem­plar a impu­re­za do corpo para nos aju­dar a supe­rar o apego a ele. O obje­ti­vo dessa con­tem­pla­ção não é nos cau­sar repul­sa, mas aju­dar a nos liber­tar do apego ao mundo da carne.

Contemple que tanto o corpo quan­to a apa­rên­cia do corpo são ­vazios. 
Sutra do Grande Nirvana

Contemplação do sofri­men­to. Contemple que todas as sen­sa­ções são dolo­ro­sas ou levam à dor. Esta con­tem­pla­ção volta a enfa­ti­zar a Primeira Nobre Verdade. Indepen­den­te­mente do que acon­te­ça conos­co, no fim das contas, nin­guém consegue esca­par do sofri­men­to cau­sa­do pelas ver­da­des da imper­ma­nên­cia, da doen­ça, da sepa­ra­ção dos entes que­ri­dos e da morte. O Buda Shakyamuni exortava seus segui­do­res a enca­rar esta ver­da­de de fren­te, sem dela se afastar. O Darma fun­da­men­ta-se na ine­ren­te insa­tis­fa­ção da vida neste mundo. O Prín­ci­pe Sidarta, que veio a se tor­nar o Buda, dei­xou a casa de seu pai para bus­car a ilumina­ção ­depois de com­preen­der ple­na­men­te a inevi­ta­bi­li­da­de do sofri­men­to neste mundo.

Contemple que a sen­sa­ção não resi­de den­tro do corpo, nem fora do corpo, nem entre os dois. 
Sutra do Grande Nirvana

Contemplação da imper­ma­nên­ciaContemple a imper­ma­nên­cia e a inconstân­cia dos pensa­men­tos. Os pen­sa­men­tos vêm e vão com rapi­dez quase incon­ce­bí­vel e muito menos con­tro­lá­vel. Em um momen­to esta­mos no paraí­so, no seguin­te vemos as por­tas do infer­no abri­rem-se dian­te de nós. Nada disso é per­ma­nen­te. Nada disso se man­tém.
A mente movi­men­ta-se inces­san­te­men­te pelas con­di­ções desorganizadas do mundo sen­so­rial. Contemplando as fra­gi­li­da­des e inconstân­cias de nos­sos pró­prios pensamen­tos, ensi­na­mo-nos que todas as coi­sas são imper­ma­nen­tes e que nada que possa­mos con­ce­ber dura para sempre.

Contemple que a mente está reple­ta de lin­gua­gem e que a lin­gua­gem é separada daqui­lo a que se refe­re. 
Sutra do Grande Nirvana

Contemplação do “não eu”. Contemple a ine­xis­tên­cia de uma natu­re­za individual per­ma­nen­te e imu­tá­vel em tudo e em todos.

Contemple que, toma­dos por aqui­lo que são, os fenô­me­nos não são nem bons nem maus. 
Sutra do Grande Nirvana

Sutra Vajracchedika-prajñaparamita (Sutra Diamante) diz: “Todos os dar­mas con­di­cio­na­dos são como ­sonhos, como ilu­sões, como ­bolhas, como som­bras, como orva­lho, como relâm­pa­gos e todos eles devem ser dessa forma con­tem­pla­dos”.
Darmas con­di­cio­na­dos são as coi­sas deste mundo, inclu­si­ve aque­las que estão em nosso pen­sa­men­to e em nossa ima­gi­na­ção. O Buda disse que todos eles são “como relâm­pa­gos ou como orva­lho”. Nenhum per­sis­te e nenhum é, em últi­ma aná­li­se, real. Nenhum tem natu­re­za própria. Nenhum está imune às mudan­ças.

Quando todas as ilu­sões são extin­tas, o que não é ilu­só­rio não se extin­gue.
É como lim­par um espe­lho: quan­do a poei­ra é eli­mi­na­da, apa­re­ce a cla­ri­da­de.
Sutra da Iluminação Plena

Concentração Correta
A prá­ti­ca budis­ta tem como ali­cer­ces a mora­li­da­de, a medi­ta­ção e a sabe­do­ria. Fala Correta, Ação Correta, Meio de Vida Correto e Esforço Correto obje­ti­vam aju­dar-nos a melhorar mora­lmente. Compreensão Correta, Pensamento Correto e Atenção Corretas por sua vez, pretendem nos tor­nar se não ­sábios, pelo menos um pouco mais sábios.
Concentração Correta é fer­ra­men­ta para apren­der­mos a medi­tar e nos bene­fi­ciar com a medi­ta­ção. A tran­qui­li­da­de e a paz encon­tra­das na medi­ta­ção são os alicerces da sabe­do­ria budis­ta. Em sâns­cri­to, o termo para concentração é samád­i, que desig­na um esta­do profun­do de con­cen­tra­ção ou um estado profundo de equi­lí­brio medi­ta­ti­vo. A base de qual­quer meditação é a con­cen­tra­ção. Quando apren­de­mos a nos con­cen­trar longa e profundamente nas ver­da­des imu­tá­veis do budis­mo e come­ça­mos a des­co­brir sua plenitude em esta­dos men­tais que exis­tem para além da lin­gua­gem, esta­mos pra­ti­can­do a Concentração Correta.
A paz e a pure­za que são des­co­ber­tas no samád­i, quan­do cor­re­ta­men­te apli­ca­das à vida, tra­zem enor­mes bene­fí­cios para nós e para as pes­soas com as quais temos con­ta­to. Em ter­mos ­gerais, a medi­ta­ção deve pro­mo­ver ­melhor saúde físi­ca, ensi­nar-nos a tranquilidade, auxi­liar-nos a ver mais cla­ra­men­te – o que sig­ni­fi­ca ilu­mi­nar-se – e, finalmente, mos­trar-nos o esplen­dor de nossa ineren­te natu­re­za búdi­ca. A medi­ta­ção deveria promover um com­por­ta­men­to social sau­dá­vel e pres­ta­ti­vo e não nos tornar depres­si­vos ou antissociais.

Se, medi­tan­do no Buda, per­ce­ber que sua mente não está calma e uni­fi­ca­da, deixe que ela se recolha em si mesma e ela ficará tranquila e uni­fi­cada. A ­melhor forma de fazer isso é pelo esfor­ço puro e sin­ce­ro. Quem não for sin­ce­ro não terá êxito.
Mestre Yinguang (1862-1940)

Como Compreender o Nobre Caminho Óctuplo
Shastra Abhidharma-mahavibhasha expli­ca: “Compreensão Correta levaa Pensamento Correto. O Pensamento Correto ajuda-nos a con­quis­tar a Fala Correta. Pela Fala Correta, con­se­gui­mos che­gar à Ação Correta. A Ação Correta pos­si­bi­li­ta-nos alcançar o Meio de Vida Correto. O Meio de Vida Correto é o iní­cio do Esforço Correto. O Esforço Correto traz a Atenção Correta e esta nos per­mi­te domi­nar a Concentração Correta”.
Assim como mui­tos ­outros ele­men­tos do budis­mo, o Nobre Caminho Óctu­plo é uma divisão ver­bal e con­cei­tual de algo essencialmente indi­vi­sí­vel. Idealmente, o Nobre Caminho Óctu­plo deve­ria ser pra­ti­ca­do na ínte­gra, uma vez que suas par­tes são inter-relaciona­das. Idealmente, não deve­ria exis­tir sepa­ra­ção entre elas, mas o Buda diferenciou esses oito fatores rela­ti­vos à práti­ca do Darma por­que que­ria apresen­tar infor­ma­ções com­ple­xas de forma que esti­ves­sem ao alcan­ce de qual­quer pessoa empenha­da em compreendê-las.
Assim como os Cinco Preceitos, que podem ser ado­ta­dos gra­dual­men­te até que todos tenham sido domi­na­dos, o Nobre Caminho Óctu­plo pode ser apren­di­do passo a passo. O tre­cho do Shastra Abhidharma-mahavibhasha citado no iní­cio desta seção mos­tra como os fatores do Ca­mi­nho Óctu­plo se inter-rela­cio­nam. Essa expli­ca­ção deve ser toma­da apenas como uma aproxima­ção. Não devemos dedu­zir que seja neces­sá­rio espe­rar até conquistarmos a Compreensão Correta e o Pensamento Correto para come­çar a aperfeiçoar a Palavra Correta, por exem­plo.
O Buda ­incluiu a pala­vra “Cami­nho” ao criar a expres­são Nobre Caminho Óctuplo justamen­te por­que é um ensi­na­men­to para ser pra­ti­ca­do e apren­di­do ao longo do tempo. O Darma é extraor­di­na­ria­men­te pro­fun­do e sábio, mas, ainda assim, pode ser compreendi­do por todos os seres huma­nos que realmen­te se dedi­ca­rem a ele.
A Compreensão Correta é colo­ca­da em pri­mei­ro lugar no Nobre Cami­nho Óctuplo por­que ela é como a bús­so­la no navio – sua fun­ção é evi­tar que percamos o rumo. Se tiver­mos Compreensão Correta, o restante do budis­mo e a vida flui­rão natu­ral­men­te. Nunca é ­demais salien­tar a importância da Compreensão Correta. O tópi­co essen­cial deste livro é a Compreensão Correta. Se conseguir­mos enten­der os ensi­na­men­tos bási­cos do Buda, sem­pre sabe­re­mos como, por que, quan­do e onde pra­ti­car o Darma. Se nossa Compreensão for Cor­re­ta, não nos per­de­re­mos facil­men­te.
De acor­do com os Agamas: “Aquele que enten­de bem a Compreensão Correta, mesmo que viva cem vezes mil vidas, ­jamais cairá nos mun­dos inferiores”.

Para Praticar o Nobre Caminho Óctuplo
O Darma pode ser expres­so em pala­vras, mas é impos­sí­vel compreendê-lo plenamen­te se não o colo­car­mos em prá­ti­ca. Limitar-se a ler sobre o Darma sem pas­sar a pra­ti­cá-lo é algo trá­gi­co – seria como ler sobre téc­ni­cas de sal­va­men­to dian­te de um banhis­ta que este­ja se afo­gan­do, mas nada fazer para salvá-lo.
O Nobre Caminho Óctu­plo des­ti­na-se a ser um guia para todos os aspec­tos da vida. Ele deve ser imple­men­ta­do na vida diá­ria antes quea riqueza e o esplen­dor des­ses ensinamentos pos­sam ser ple­na­men­te compreendidos. Praticado com diligência, o Nobre Caminho Óctu­plo leva à mais mara­vi­lho­sa compreensão. Ninguém que pra­ti­que esse cami­nho há bastan­te tempo pode ter dúvi­das quan­to a seu poder e sabe­do­ria.
O Nobre Caminho Óctu­plo fun­da­men­ta-se em mora­li­da­de, crença e sabe­do­ria, sendo o guia per­fei­to para os ensi­na­men­tos do Buda. A prá­ti­ca diligen­te desse cami­nho leva, ao final, à ilu­mi­na­ção per­fei­ta.

Por incon­tá­veis éons, o pró­prio Buda rea­li­zou atos ilu­mi­na­dos pelo bem de todos os seres sen­cien­tes.
Assim, sua luz bri­lha em todos os mun­dos e a ale­gria nas­ceu na mente dos de boa índole em todos os luga­res.
Sutra Avatamsaka (Sutra da Guirlanda de Flores)

Capítulo 5 do livro Budismo Significados Profundos, Venerável Mestre Hsing Yün,
Escrituras Editora, 2ª edição revisada e ampliada, São Paulo, dezembro de 2011.

SABER OUSAR FAZER CALAR

Eu me coloco a serviço da luz e que meu eu divino assuma meu ego.
Ouvir a voz do meu eu divino.
O eu divino Nos orienta através da intuição, inspiração e sincronicidade.Seguimos a voz de Deus.

Eu confio no fluir da vida e lido com a vida no estado de consciência onde eu compreendo alem das aparências e com isto eu caminho com serenidade sendo eficaz nas minhas ações eu sou o meu próprio mestre eu lido com as profundidades da realidade.




quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Estruturar Corpo Alma e Conhecimento

De volta....

Agora sim! Resolvi escrever sobre um tema aberto na noite de hoje então vai la...

Estruturar = Esta e' a palavra de ordem da minha vida neste momento, estruturar a vida, a família,o trabalho, a casa,os pensamentos, os amigos, os compromissos da ordem, o centro,o dinheiro que entra e sai, os momentos bons e os mal, as pessoas que nos fazem bem, e as que nos fazem mal,relacionamentos, desejos, fraquezas, vontades,medos, tentações.

Corpo e Alma= Atraves do equilibrio cuidar do corpo como um todo, saber valorizar a maior obra criada por Deus, nao ter excessos, fazer exercicios fisicos e espirituais, Yoga, meditacao, leitura, mantras,sexo bom,poesia,musica,desenvolver a terceira visao,buscar conforto, atingir o nirvana em momentos de relaxamento, descansar, abrir mao,soltar,viver, respirar,alongar,conversar com pessoas desconhecidas,cuidar da boca.

Alto Conhecimento = Me conhecer profundamente, sem dramas, sem culpas,sem raivas, sem julgamentos,sem preocupações, sem ciumes,sem brigas,sem torturas,sem punições,sem conversinhas,sem devaneios, sem fanatismo,sem dogmas,sem profetizar, sem achismo, sem superstição,com perdão, com educação,com paciência,com leveza, com sorriso, com amor,com paz, com tranquilidade.

E com tal sorte, buscar com simplicidade atingir a felicidade nas coisas simples do dia a dia.

Palavra de força- Alegria